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Paróquia São Judas Tadeu celebra a Ceia Judaica

  • Pascom
  • 22 de mar. de 2016
  • 3 min de leitura

A Paróquia São Judas Tadeu realizou na noite desta segunda-feira (21/01), a sua segunda "Ceia Judaica", uma paraliturgia que rememora a Páscoa dos judeus e nos ajuda a entender melhor a instituição da Eucaristia e, por conseguinte, a Santa Missa.


A cerimônia teve início às 20h, dentro da própria igreja, ao som de músicas hebraicas, fazendo com que os participantes, desde o começo, se impregnassem do clima festivo. Durante três vezes, o coral declamou o trecho inicial do "Shemá Yisrael" (Escuta, ó Israel), canto típico do Antigo Testamento. As luzes se acenderam e o Pároco, Padre Olimar Rodrigues, fazendo o papel de "Oficiante" (aquele que dirige o rito), deu boas-vindas a todos. Através da leitura de um texto, todos refletiram sobre a história dos hebreus e o significado da liberdade.


Em seguida, houve a entrada das bandeiras do Brasil e de Israel, ao som do Hino deste país. Todo o ritual, chamado "Seder", foi explicado e esse gesto exegético perdurou por todo o rito, pois a cada ato, um texto explicava o que estava acontecendo.


Dando continuidade, as luzes da igreja foram apagadas e uma mulher, representando as Mães judias, acendeu as velas do altar, e destas velas saiu a luz que se espalhou por todas as mesas.


Os primeiros seis alimentos que compõem o prato foram apresentados: matzá, "pão sem fermento" (que recorda que o povo escravo não teve tempo para fermentar o seu pão no momento da saída do Egito), karpás, "água salgada e salsinha" (que lembra as lágrimas dos escravos hebreus), o marór, "ervas amargas" (que rememora a amargura do povo escravo no passado), a harósset "massa de maçã com nozes embebidas no vinho" (simboliza a argila com a qual os hebreus faziam seus tijolos), o zeroá, "pedaço de osso, geralmente um pescoço de frango" (uma lembrança do sacrifício do carneiro, cujo sangue foi utilizado nas portas das cabanas dos escravos hebreus) e o beitzá, "ovo cozido" (símbolo da oferenda levada ao Templo).


O Oficiante, com a ajuda de mais dois homens, lavou, beijou e secou as mãos de todos os participantes. Em seguida, foi servida a primeira taça de vinho, ritual que se repetiria por mais quatro vezes. Vários momentos, denominados "práticas", contaram toda a história do povo hebreu, com destaque para as dez pragas do Egito e da leitura da "Fuga do Egito" (Êx 12, 1-42). Outro ponto marcante da celebração foi a entrada de pessoas que representavam Moisés e Miriam, sua irmã.


Mais uma vez, houve uma reflexão sobre o significado dos alimentos e desta vez, todos puderam vivenciar um momento importantíssimo: a entrada solene do Cordeiro Pascal que foi posto diante do Oficiante. No Antigo Testamento, o Cordeiro devia ser macho, sem defeito, assado em espeto em forma de cruz, com uma vara penetrando toda a sua extensão e a outra separando os pés dianteiros; e nenhum osso devia ser quebrado. Na Tradição católica, este Cordeiro é o próprio Cristo que deu a vida para nos salvar.


Após mais algumas práticas, chegou enfim o momento da ceia propriamente dita. O Cordeiro foi servido e todos comeram os alimentos, agora sete, número que na Bíblia representa a totalidade, a plenitude.


Foi feita a leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas, com o texto da instituição da Eucaristia (Lc 22, 7-27), seguida de mais uma partilha de pães e de vinho. O Oficiante derramou o vinho na taça de Moisés e na de Miriam colocou água, assim como diariamente acontece na preparação das oferendas, durante a Santa Missa.


Mais um texto bíblico foi lido, o "Diálogo da Ceia" com trechos dos capítulos 13 a 15 do Evangelho segundo João, seguido de um texto muito interessante, a "Composição poética dos números"). Após os convivas beberem a última taça de vinho, o Oficiante concluiu o Sedar, dando a Bênção Final.


Terminada a Ceia Judaica, houve ainda um momento de confraternização, com uma mesa de frios, frutas e salgados. Padre Olimar Rodrigues, pároco, destacou a importância de se celebrar momentos como este. Conhecer a história dos judeus é também conhecer a história daqueles que servem a Cristo na Igreja fundada por Ele. Desta forma, os participantes da paraliturgia poderão seguir sua caminhada durante esta Semana Maior, ápice de nosso ano litúrgico.


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