Amas de verdade?
- Marilí Silva
- 12 de dez. de 2016
- 3 min de leitura

Estou me renunciando? Estou esquecendo-me? Estou dando-me? Se a resposta for afirmativa, esteja certo que há presença do amor em sua vida, afirma Professor Felipe Aquino.
Mas todos têm certa mania de cobrar provas de amor do outro, e isso dificulta tudo!
Homens e mulheres, deveríamos nos interessar um pouco mais pela psicologia, para entender o processo mental que diferencia-nos. Se fizéssemos isso, cinquenta porcento dos problemas entre casais estariam amenizados.
Mulheres costumam enxergar coisas que não existem, ou ver nada, onde existe tudo! Assim são as mulheres.
E homens, como eles são?
Homens são focados, introvertidos, calados, pensativos no nada. Enquanto nós mulheres redigimos um texto para dizer "estou triste", os homens respondem "não sei o porquê disso!". E nossos nervos fervem com uma resposta dessas!
Originalmente, os homens não conseguem dar o braço a torcer. Acredite, eles sofrem muito por isso! Assim como muitos também sofrem por não conseguirem expressar, em palavras, espontaneamente, os sentimentos. Já reparou que quando as mulheres dizem “eu te amo”, os homens respondem “eu também”? Mas mulheres querem ouvir: “eu também, te amo”!
Talvez, entre as últimas gerações, esta questão esteja um pouco superada, e os homens mais jovens, por conta da criação, estão mais maleáveis. Mas casal da década de noventa, oitenta para trás sente bem toda essa dificuldade.
A pergunta é: estamos dispostas a nos renunciar, a esquecer-nos e a dar-nos?
Claro que temos nossas necessidades e só as conseguiremos nutrir, nessa perspectiva, se redirecionarmos a fonte de alimentação através do SENTIR.
Naturalmente, as mulheres, estão aptas a ouvir. Queremos ouvir, mas para poupar a natureza de nossos maridos, noivos ou namorados precisamos aguçar o sentir.
Como é duro quando queremos explicar algo e não temos palavras... Entendemos, sentimos, mas há situações em que não conseguimos explicar. Fiz o tal “Brigadeiro de Banana" e me perguntaram: que gosto tem? Eu senti o gosto, entendo pra mim, mas não consigo explicar o sabor aos outros. Lembra que tristeza quando numa prova há uma questão direta “sim” ou “não” e o complemento “explique”? Ô dificuldade! Assim acontece com a mente dos homens com relação aos sentimentos. E nós, com nossa carência "auditiva", queremos torturá-los.
Pelo tato o cego compreende aquilo que não vê. Pelos gestos o surdo compreende aquilo que não ouve. E há a mesma comunicação nos dois casos, de forma distintas, por conta de suas deficiências. Quando compreendemos que SENTIR equipara-se ao OUVIR, renunciamo-nos, esquecemo-nos e nos damos ao outro para entender a sua comunicação.
O “eu te amo”, espontaneamente, pode vir muito mais em conteúdo do que em palavras. É preciso que as mulheres captem as intenções "ocultas" dos homens, e desenvolvam esse talento.
Homens, normalmente, são durões, fechados, travados. Mas acredite, eles sofrem por serem assim também. Enquanto as mulheres, em grande maioria, são as que facilmente cedem. Custa, mulher, ceder mais uma vez, e outra vez, quantas forem necessárias?
Bênção! Sabedoria! Isso é a grande sacada da relação.
Se você mostra que entende tudo isso, o amor dele por você tende a se fortalecer e, em contra partida, o seu amor por ele, igualmente. Tem aí uma pitada de caridade de sua parte e de gratidão da parte dele trocadas sem sentir. E tudo se ajusta.
Escrevi para mulheres, mas se porventura algum homem ler este texto, sei que será um pouco difícil, mas converta estas palavras respondendo as mesmas perguntas: Estou me renunciando? Estou esquecendo-me? Estou dando-me? Vale para homens e mulheres.
"Muito mais do que dar coisas, presentes, abraços, beijos, amar é dar de si mesmo, integralmente, desinteressadamente. Você precisa desenvolver bem os seus talentos exatamente para que possa dá-los aos outros e servi-los melhor." Prof. Felipe Aquino.
Pelo fortalecimento do amor entre todos os casais!
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