Casais felizes vivem mais
- Marilí Silva
- 5 de set. de 2016
- 3 min de leitura

O livro do Eclesiástico, no capítulo 26, nos fornece reflexões acerca de casais que vivem felizes. A seguir, os versículos em negrito são orientações de vida para nós, mulheres, conduzirmos bem o nosso relacionamento amoroso. Na verdade, este capítulo de Eclesiástico destaca as virtudes e maldades da mulher. Neste ensejo, abordarei a primeira parte, na qual inclui os versículos de 1 a 4.
“Feliz o homem que tem uma boa mulher, pois, se duplicará o número de seus anos.” (vs. 1)
Estudos revelam, e a ciência apenas está endossando, uma verdade declarada na Sagrada Escritura: “casais felizes vivem mais”! A paz no lar, o amor conjugal, a harmonia familiar é campo propício para se viver muitos anos.
A medicina explica que muitas doenças são psicossomáticas, ou seja, doenças que são geradas a partir do emocional humano. As contrariedades, o ciúme, o escândalo, o descuido, os vícios, medos, desrespeito mútuo acarretam emoções negativas como raiva, rancor, decepção, frustração, desilusão e toda espécie de tristezas que afetam as mais variadas partes do corpo.
“A mulher forte faz a alegria de seu marido, e derramará paz nos anos de sua vida.” (vs. 2)
Qual é a participação da mulher na felicidade do casal? Muito bem, “direitos e deveres iguais”, dirá alguns. Porém, sabemos que a mulher tem uma capacidade muito maior de lidar com situações que exigem serenidade. O Professor Felipe Aquino publicou em seu livro “Sereis uma só carne”: Os dez mandamentos do casal. Aquino relembra, em um dos seus vídeos, aquele velho e sábio ditado: “Quando um não quer dois não brigam”.
A voz alta altera os nervos, pelo contrário, a voz baixa aplaca a ira. A mulher se mostra forte quando é capaz de controlar suas emoções. Quando o marido está nervoso, o melhor a fazer é procurar não deixá-lo mais nervoso ainda. Abaixar o tom de voz quando for necessário dizer algo, porque, em muitos casos, o silencio apazigua.
“É um bom quinhão uma mulher bondosa; no quinhão daqueles que temem a Deus, ela será dada a um homem pelas suas boas ações.” (vs. 3)
Outra situação é quando algo acontece errado nos planos do casal nos negócios, nas finanças. A tendência é que a mulher diga: “eu falei, mas você não me escuta”; “bem que eu avisei, mas você não quis me ouvir”; “eu sabia que isso ia acontecer, lembra-se de eu avisar?”. Mas esse tipo de diálogo só vai piorar a situação e deixar o marido mais inseguro diante do problema. Tudo bem, você falou, avisou, orientou, ótimo! Deu errado? É hora de sustentar esse marido na fé. Ser bondosa e se colocar junto: “calma, vamos conseguir resolver isso”; “vamos rezar, pedir a Deus uma luz”; “tenhamos fé, isso há de se resolver”. Agindo dessa forma a mulher consegue injetar calma e esperança no coração do seu marido.
“Rico ou pobre, (o seu marido) tem o coração satisfeito, e seu rosto reflete alegria em todo o tempo.” (vs. 4)
Qual marido não exibe com orgulho a boa mulher que tem? Ele entra e sai de todos os lugares de cabeça erguida. O marido quando encontra em sua amada um amparo, um auxílio, uma ajuda, a alegria lhe é uma constante.
Algumas vezes eu já fiz o exercício de me colocar na posição do meu marido. Confesso que fiquei bem desesperada quando percebi a pressão a que ele está sujeito para manter o bom andamento da casa. Em muitos casos, tudo depende do marido, se ele não tiver inteligência, segurança, fé e força de vontade, não vai conseguir controlar tudo sozinho. Você já elogiou seu marido pela garra que ele tem de se levantar todos os dias e ir trabalhar? Já homenageou seu marido de alguma forma? Você já disse ao seu marido o quanto ele é importante, dedicado e vencedor? Pode parecer nada, mas um elogio sincero e feliz faz toda a diferença no comportamento humano. A pessoa elogiada sente-se muito mais motivada a fazer e ser melhor no que faz. Um homem feliz tende a fazer feliz também sua esposa. A reciprocidade, neste caso, acontece naturalmente.
Marido feliz, mulher feliz, juntos vivem mais.
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